simplificar é...
quarta-feira, abril 29, 2009
  A lua E não é que, ao abrir mão da cama e me deitar no chão, 
naquela informalidade praiana, naquele improviso adolescente
que é o colchão direto no chão, 
e não é que foi justamente assim 
que descobri a lua 
no vão de rua (e de céu)
que a janela fechada apenas com vidro guardou pra mim?
 
  Liberdade É tão bom acordar e lembrar que sonhou, lembrar do sonho, neh?
Sonhar é ter certeza de que nossa alma é livre. 
 
terça-feira, abril 21, 2009
  Por acaso? (ou... almoçando com minha cachola) Você sai de sua casa. Pensa bem: você sai de sua casa para ir trabalhar, por exemplo. Caminha até a parada de ônibus, pega o ônibus, desce, caminha até onde tem de ir etc etc etc. Ou vai ao centro da cidade, na hora do rush. E vai almoçar num restaurante cheio ou faz um lanche na praça de alimentação atordoante de um shopping. Pensa bem. Por quantas pessoas você passa? E dessas, para quantas pessoas você olha? De quantas pessoas você ouve a voz, uma conversa, uma frase solta? Por que você ouve essas e não outras?
Será que isso ocorre por acaso simplesmente? Às vezes, estou caminhando na rua e, por aparente reflexo, sem motivo algum, sem que eu pense que vou fazer isso, me viro e olho pra trás, por exemplo. Vejo uma pessoa. O que me fez virar para trás? 

É muita falta do que fazer eu pensar essas coisas neh?

Eu estava no restaurante e, ao meu lado, uma mulher em outra mesa. Chega um cara para almoçar com ela e eles começam a conversar. Estou almoçando, entende? Escolhi aquela mesa em que estou quando poderia ter escolhido qualquer outra, mas ao acaso OU NÃO sentei ali e vou ouvir a conversa deles. Inteira. Por quê?

Sobre o que falavam? Bem, ela era a dona do restaurante. Da franquia. Contava a ele por que tinham reformado tudo. O negócio não estava evoluindo e, conforme pesquisa encomendada, havia um primeiro e fundamental problema a solucionar. O restaurante esse, bastante conhecido na cidade, tinha nascido para ser uma opção de alimentação saudável quando isso começou a ser tendência. Com o passar do anos, para reagir ao entorno, aos concorrentes, passou a incorporar outros serviços e cardápio que o afastaram de sua origem. A pesquisa também identificou que, embora as pessoas precisem almoçar rapidamente (naquela região onde o restaurante está), elas gostariam de poder fazer isso em paz. Outro ponto da pesquisa é que as pessoas querem comida saudável mas não querem porções pequenas nem falta de sabor.

Daí que eu fiquei pensando por que passei a almoçar ali. Antes, minha impressão era: sim, a marca sugere uma opção de alimentação saudável, mas na prática, ali no balcão e no cardápio, isso não me convencia. Notei a reforma, esperei a reinauguração curiosa, e agora me sinto muito bem ali.

A gente se sente bem quando se relaciona com coisas, lugares, pessoas que são/agem claramente o que dizem ser/como prometem agir. Coerência conforta, dá segurança.

Também pensei: como é fácil a gente se afastar de nossa intenção inicial, de nossa natureza mais singular quando somos levados pela ânsia da aceitação dos outros a qualquer preço.

Bom, esses pensamentos me acompanharam durante o almoço. Que estava bem gostoso, por sinal. E saudável. Em todos os sentidos, eu acho.
É que minha cachola almoçou junto com meu corpo. Hehehe


 
domingo, abril 19, 2009
  Revelações?
Muito do que está dito aqui, para fazer sentido, precisa de uma disposição pessoal de quem vai ler. São frases, idéias, constatações nada originais, surpreendentes. A originalidade ou a surpresa dependem da receptividade do leitor. Às vezes, a gente conhece um conceito há muito tempo, até que um belo dia finalmente o compreende. Entender uma coisa com a razão e a nossa capacidade intelectual é bem diferente de entendê-la depois de vivê-la na prática - em outras palavras, de vivê-la com o coração, com a emoção. Acho que nossas limitações emocionais esmiúçam os conceitos, aprofundam os sentidos das idéias num detalhismo bastante revelador.
Lá vai então.
Depois de um mês de "aula", acho que vale o registro do seguinte.

Os temas para reflexão são as coisas que nos tocam. 

O que desfoca? Buscar a perfeição. Ou a comparação com os outros.

Costumamos nos encher de perguntas diante um problema ou situação difícil. Mas não nos fazemos as perguntas mais simples.

A tagarelice mental é o mesmo que usar a boca/a voz. Imagina alguém que não para de falar do teu lado? 

Esvazia a mente de perguntas para poder encontrar alguma resposta.

Quando a vibração baixa, o que vem de fora e o que vem de dentro? O que é nosso e o que não é nosso? O que não é nosso também é nosso, na medida que deixamos brechas...

A doença é o último grito do corpo. O último.

Te fixa na tua busca, que o outro virá sozinho. A gente influencia os outros, e não é pelo discurso, é pelo exemplo.

Te preocupar com o que os outros vão pensar faz tu dares poder a eles. Se não valorizas o que faz e tem, tu não te dás poder.

Teu inconsciente pode te jogar em situações que tu queres repetir.

A base de todo conflito é uma dissonância entre o que pensa a cabeça e o que quer o coração.

Temos facilidade de reclamar do que falta e muita dificuldade de valorizar o que temos.

O que te incomoda muito no outro tende a ser a projeção de tua própria sombra.

Podemos definir erro como algo que acontece diferente do que a gente espera que aconteça. Mas o outro não erra quando te engana? Sim. Mas, se isso acontece, não espere que ele reconheça. Não espere desculpas. Se não está bom para ti, te afasta. Aceita e te afasta. Mostra teu limite. Do contrário, estarás criando uma expectativa sobre essa pessoa, e a chance de isso não ocorrer é grande. O erro se transfere para ti.

Por que a magia pode funcionar? Porque ela é intenção. (Forma-pensamento)

Exercício do mês.
1 - Liste de 5 a 10 coisas que você admira e de 5 a 10 coisas que te incomodam em tua mãe e no teu pai.
2 - Liste 5 a 10 qualidades e de 5 a 10 defeitos que você julga ter.
3 - Aponte o que mais lhe incomoda em sua vida atualmente. O que essa limitação tem a ver com as qualidades e os defeitos do item 2? E com os do item 1?

 
sábado, abril 11, 2009
  Dizem que eu penso demais Penso, logo...

( ) existo
( ) insisto
( ) desisto

Depende. A resposta depende.
Achar que as coisas dependem é condição inicial para pensar. 
 
quarta-feira, abril 01, 2009
  Calma, calminha, alma minha Parece que justo quando sua alma diz ao mundo "ok, não sou perfeita", é aí que o mundo te acolhe, te põe no colo, te dá um lugar, diz que te ama.
Será que minha alma já falou? 
Será que minha alma já foi ouvida?

A gente vê um filme, um livro, uma cena, um caso, um quadro, uma foto. A cabeça entende. Quanto tempo leva para a alma entender?

Sempre aceitei tudo o que me disseram na escola. Ou seja, disse à minha alma que aquilo não lhe dizia respeito, logo, ela não precisava entrar no jogo. Todos acharam que eu entendia a matéria só porque a aceitava. Todos acharam que eu era boa aluna. Ninguém conheceu minha alma, só meus boletins.
Parece que, quando a gente deixa a alma de fora, precisa sempre de boletins com notas.
 
Porque pra ser simples é preciso complicar um pouco. De qualquer forma, não desanime: pratique simplicidades.

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