Faça como as zebras
A pista é de um neurocientista americano chamado Robert Sapolsky, 49 anos. Entre os seus livros, está “Por que Zebras Não Têm Úlcera”, editora Francis.
Em resumo, ele acredita que o problema começa quando antecipamos as coisas, no pensamento. Ao fazer isso, nos estressamos, e o estresse mata neurônios.
Segundo ele, as zebras não se antecipam, logo, não se estressam nem matam neurônios (mas eu me pergunto: pra que servem os neurônios delas?). As zebras só se estressam quando o leão está na frente delas, em carne e osso, prestes a atacá-las. Quando ele some, elas voltam ao estado normal e nem lembram de contar pra ninguém ou pro travesseiro no final do dia.
Ó uma resposta dele em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em abril deste ano:
“Somos inteligentes o suficiente para pensar em situações estressantes, antecipá-las, antecipá-las de novo, muito antes de que realmente aconteçam, se é que vão realmente acontecer, antecipá-las neuroticamente quando elas nunca vão acontecer de verdade, mas já aconteceram uma vez, reviver e reviver as mais marcantes inúmeras vezes...”
Então, ele diz que temos de ser menos cerebrais, ou seja, mais superficiais. E de que forma conseguir isso? Usando a própria capacidade cerebral:
“Se você conseguir raciocinar, conseguirá discernir se o que o está estressando é uma realidade, digamos, física ou apenas psicossocial. Se for física, pode se estressar. Se for psicossocial, esqueça. É apenas isso: simples – e impossível”.
Quer saber mais sobre o cara?
www.meta-library.net/bio/sapolsky-body.htmlou
http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Sapolsky